terça-feira, 26 de abril de 2011

Momento Caio Fernando Abreu

"... dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Uma solidão de artista e um ar sensato de cientista… tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna."

terça-feira, 5 de abril de 2011

Hora de Fazer Barulho

Há poucos dias rolou um bafafá generalizado por causa das respostas que o Ilmo. Sr. Deputado Bolsonaro deu no programa CQC. Eu assisti. Devo confessar que a principio tive raiva. Muita raiva. Como alguém pode pensar, ou pior, dizer coisas daquele tipo sobre outro ser humano? Meu segundo pensamento foi: Como alguém vota em um ser desses? Mas pra essa pergunta tenho uma resposta pronta, boa e vagabunda: vivemos numa DEMOCRACIA. Sempre rio quando ouço essa palavra. Não acredito na democracia. Essa coisa toda reacendeu uma coisa minha que sempre tive e nunca soube explicar: meu espírito revolucionário. Adoro questionar e criticar. Acho que tem a ver com o signo, mas isso não importa. Voltando ao que interessa...então...esse meu espírito revolucionário me fez voltar a pensar em coisas que por já estarem presentes na minha vida deixei meio de lado, como por exemplo, a questão dos preconceitos, a legalização consciente da maconha e o motivo pelo qual o povo não faz patavinas em beneficio próprio. Relendo em busca de erros de ortografia e concordância, acho que encontrei o busílis da questão: O POVO NÃO FAZ PATAVINAS EM BENEFÍCIO PRÓPRIO! Trabalhamos muito, ganhamos pouco, não temos condições decentes de saúde, educação, moradia, transporte, alimentação, de nada! A falta de saúde e de educação me revoltam, mas nos dias atuais o que tá me matando é o preço da carne e o aumento do metrô. Um quilo de carne de segunda tá custando quase o mesmo que um quilo de filé, nem no Japão...e olha que lá não tem espaço pra criar gado... e sejamos sinceros...r$3,10 pra andar de metrô no Rio? Esse metrô cheio, demorado e que faz um trecho curtíssimo? Gostaria de saber baseado em que padrão um dos metrôs que percorre os menores espaços passa a ser o mais caro do Brasil...Sinto tanto por termos nos acomodado. Não sei onde, mas em algum lugar entre a geração dos nossos pais e a nossa a coragem do povo se perdeu. Sobraram somente o descontentamento, a resignação, o comodismo e a descrença. É esse o país que queremos para as futuras gerações? Manchado de intolerância e descaso? Essa é a base que queremos deixar? Tenho vontade de armar um exercíto de um homem só mesmo sabendo que seria massacrada. Morrer tentando é melhor que envelhecer se lamentando. Como diz uma sábia amiga minha: Vamos até o fim. Se tivermos que morrer, morreremos atirando.