segunda-feira, 12 de julho de 2010

Viver

Olho pela janela. Está nublado, mas o sol mostra, pouco a pouco, sua vontade de reinar.
Faz calor. Sinto frio. Na verdade, tudo está frio e úmido e cinza e triste. Penso sobre a vida, penso sobre mim, penso. O que devo fazer? O que faço sem dever? Lealdade, fidelidade, amor. Eu amo, tu amas, ele me ama. A vida é tortuosa, mas ainda assim, me mantenho virtuosa. Taí: EU ODEIO O SUFIXO -OSO. O que eu escrevo é o que eu sou. Está tudo uma bagunça. Por isso virei cigana. Vida...por que tornamos difícil a coisa mais simples que existe? O ser humano me enche. Transbordo. Me perco, me acho, me perco. Sempre perco.

2 comentários:

  1. Eis que na confusão do brain's storm você se engana: você não perde. A gente nunca perde nada, sabe... mesmo com os maiores conflitos, com os pequenos fracassos, ganhamos alguma coisa - e saimos deles renovados. Você sente frio? Claro, é inverno. Mas logo chega a primavera e tudo passa. Lembre-se de Horácio todas as vezes que alguma lágrima te surgir. A Cecília Meireles tem um verso lindo que diz assim: "Eu aprendi com as primaveras a me deixar cortar. E a voltar, sempre, inteira". Amiga: não custa tentar uma nova canção que te traga um sol de primavera, viu. Viva suas mais íntimas e profundas emoções, sem crises. Não mata.

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